terça-feira, 2 de outubro de 2012

Operadoras são proibidas de vender 301 planos de saúde por 3 meses




A Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) proibiu que 38 operadoras de saúde vendam um total de 301 planos. É uma punição por falhas no atendimento aos clientes.

Em dezembro de 2011, a Agência Nacional de Saúde fixou prazos com tempo máximo de atendimento: sete dias para consultas simples, com pediatras, clínicos-gerais, ginecologistas e obstetras, 14 dias nas outras áreas médicas e três dias para exames simples de laboratório. Para exames mais complicados, prazo de até 21 dias úteis.

Mas, muitas vezes, os prazos não estão sendo cumpridos. Aumentou, e muito, o número de queixas contra operadoras de planos de saúde em todo o país.

Segundo o diretor do Procon do Distrito Federal (Osvaldo Moraes), houve um crescimento de 77% no número de reclamações.

Demora para agendar consultas, filas para conseguir fazer exames simples, atrasos para marcar cirurgias, foi por falhas como essas que a Agência Nacional de Saúde decidiu suspender a venda de 301 planos.

38 operadas estão proibidas de vender os planos que estão na lista da ANS. Entre elas estão duas das 20 maiores operadoras do país: a Unimed Paulistana Sociedade Cooperativa de Trabalho Médico e a Green Line Sistema de Saúde S.A., com mais de 500 mil clientes cada uma.

A suspensão será por três meses. Por esse período, os planos não poderão aceitar novos clientes, mas nada muda para os antigos. As operadoras terão que manter o atendimento previsto em contrato para os atuais usuários.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa é uma forma de obrigar os planos a melhorar o atendimento.

“Ao impedir que aquele plano de saúde possa continuar vendendo para mais pessoas, ele tem que se reorganizar para garantir o atendimento no prazo correto ao cidadão para que ele possa voltar a ganhar recursos, dinheiro, vendendo para mais pessoas”, aponta.

A Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) declarou que não está clara a análise da ANS que levou às punições, mas que vai discutir com as associadas medidas que devam ser tomadas.

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informou que apóia iniciativas para dar mais transparência ao clientes e que as operadoras estão empenhadas em sanar os problemas.

A Unimed Paulistana informou que não tem medido esforços para cumprir os prazos determinados pela ANS e que tem como compromisso atender os clientes com eficiência e excelência.


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